autopsi
projetos de arte mediática de Andreas Köpnick, Achim Mohné, Mario Ramiro, Thomas Roppelt

 

Andreas Köpnick, Achim Mohné, Mario Ramiro e Thomas Roppelt são artistas com estudos de Pintura, Escultura, Video e Fotografia, realizados em Düsseldorf, Münster , Essen e São Paulo, que nos últimos anos foram reunidos por seus trabalhos desenvolvidos na Escola Superior de Arte das Medias, na cidade de Colônia, na Alemanha.

autopsi é um projeto centrado na relação da arte com a tecnologia, que se pretende localizar para além dos modismos fetichistas instigados pela indústria eletrônica e de telecomunicação, dando forma a uma produção situada entre poesia e tecnologia, pesquisa científica e experimento artistico.

Como sua primeira atividade o grupo tem em vista a realização de um projeto de exposição que apresenta quatro instalações ambientais, de tecnologia híbrida, com trabalhos de interface biológica, mecânica, magnética e eletrônica. Essa heterogeneidade é o ponto de partida para as mais diferentes especulações estéticas, como aquelas em torno da interação entre dimensões do visíveis e do invisiveis; do tempo como forma manipulável; do sonho de voar e das relações entre razão e emoção.

A questão "o que ocorre no interior da maquina?" - ou das caixas pretas - não é discutida aqui de um ponto de vista técnico, mas sim por meio de uma sintaxe e uma semântica próprias, com o objetivo de revelar as misterio-sas entranhas do aparato tecnológico e a sua capacidade de gerar novas formas de linguagen.

Nós não partimos da premissa do uso da tecnologia como meio para um fim em si mesmo - e muito menos como um meio de simulação. Nossos trabalhos abarcam os diferentes aspectos da imaterialidade, do inominável e do inexplicável que insistem em se manter "atuais" ao longo dos tempos.

autopsi representa dessa forma o trabalho de uma geração de artistas ainda "analogica-mente socializados", mas acima de tudo influenciados pelas técnicas digitais contemporâneas e que, paradoxalmente, trabalham com as midias e ao mesmo tempo contra elas.

O prêmio Chargesheimer, concedido anualmente pela cidade de Colônia, à artistas com trabalhos de foto-filme e video, foi entregue esse ano ao grupo de artistas "Autopsi", formado por Achim Mohné, Andreas Köpnick, Mario Ramiro e Thomas Roppelt.

Com esse prêmio o grupo pretende dar início às suas atividades de pesquisa e experimentação com os novos medias, segundo o seu programa de trabalho concebido primeiramente até o ano 2001, envolvendo a realização de exposições, workshops, edições e palestras, não só na Alemanha e na Europa, como nas Américas e Africa.

A entrega oficial do prêmio se fará na galeria da BBK de Colônia, que estará apresentando do dia 28 de maio até o dia 25 de junho, não só uma mostra dos trabalhos desenvolvidos pelos integrantes do Autopsi,como também alguns resultados do seu primeiro ano de atividades, resumidos em diálogos extraidos de chatts pela internet e "lidos" automaticamente por quatro computadores instalados no ambiente.

Para essa exposição Achim Mohné preparou o que ele chama de "um recorte de minhas outras instalações". Num dos cantos da sala de exibições, será montado um pequeno ambiente que sugere a intimidade do lar, decorado com uma poltrona, uma mesa, um vcr, além de um monitor e um aparelho telefônico. De seu atual atelier em NY o artista estará em contato constante com a sala de exposições, durante a noite de abertura do evento, explorando com isso uma das dimensões possíveis de sua telepresença.

Andreas Köpnick, por sua vez, projetou um eixo com cabos de aço, estendidos pelo ambiente, ligando os quantro cantos da sala. Do cruzamento desse eixo, pende uma pequena câmera ligada em circuito fechado a um monitor de tv colocado sobre uma pequena mesa atraindo o observador que, a partir daí, passa a integrar-se na própria obra.

Mario Ramiro apresenta um grande painél fotográfico, formado pela justaposição de diversas ampliações fotográficas coloridas, semelhantes a cartazes de shows e concertos. A apresentação desse trabalho se assemelha aos cartazes que normalmente vemos pelas ruas, afixados um ao lado do outro, criando as mais diferentes composições gráficas e coloristicas.

Thomas Roppelt mosta uma instalação formada por duas esculturas de parede, construidas com relays e lâmpadas de neon interligaos por meio de cabos que se estendem pelo ambiente. Esses relays podem ser ativados pelo observador, dando início a um processo de contagem aritmético que provoca um ascender e apagar das luzes num rítmo sincopático.

autopsi   mail: x@autopsi.de   site: www.autopsi.de